quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ar para o estepe

Existe uma larga distância entre os fatos e as justificativas.

Esses dias um amigo terminou um namoro e surpreso que estava com o término, escreveu assim: "Mas ainda ontem você me chamou de amor", a resposta que recebeu: "mas você era mesmo, não foi mentira". Desculpe, meu caro, foi mentira sim! Eu também já contei essa mentira porque era o que tinha que ser dito, porque apesar de a pessoa estar certa na acusação, falta coragem de afirmá-la, coragem de ferir o ex-ente-querido ou de algum modo é preciso manter o pneu reserva sempre cheio pro momento certo.

Eu também já fiz algumas acusações e recebi tantos belos argumentos contrários que acreditei. Já recebi várias explicações de porque agiram de determinada  forma comigo. O fato é que a verdade está no cotidiano, está nas atitudes diárias e não há neste mundo palavra que mascare o que as ações mostram e que precisamos reconhecer. "Conte comigo sempre" é mostrado na hora que você precisa, não em palavras bonitas. "Te admiro" está no olhar bondoso e não no julgamento esmiuçado no momento de raiva.

"Mas era justamente o fraco que deveria saber ser forte e partir, quando o forte é fraco demais para poder ofender o fraco", A insustentável leveza do ser me respalda. Um fato verídico é popular: "nasce-se só, morre-se sozinho". Caminho o meu caminho.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Meus pequenos mimetismos.

"E quando nasço, fico livre. 
Esta é a base de minha tragédia"- Clarice Lispector/Água Viva.


Foram os meus erros
e meus acertos
que construíram parte deste universo.

Eu não gostaria de esquecer os fatos
Aprazem-me minhas memórias
Eu gostaria
somente
de nunca errar.

A lembrança é um milagre