terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Todo mundo meio Bombril.

     Maria Clara - Uma colega humana.

Ando lendo tantas comparações entre mulher e periguete, homem e macho e, não que eu já tenha formado minha opinião,  não sei se concordo com as observações feitas...

Periguetes são aquelas pra transar, se divertir, a que vai trair e mulheres são pra fazer amor, casar e irá sofrer por você. Poxaaa vida!! Desse jeito eu prefiro ser periguete! Quero casar sim, quero amar bonitinho sim, mas verdade seja dita: Sexo por sexo é bom! Divertir precede o casamento e se a menininha não divertir o seu namorado, não vai ter alianças, meu bem. Além do que, antes trair que sofrer por alguém!

E sobre os homens então... a comparação entre o macho e o homem, queridos, vocês já preencheram cadastro pessoal e tiveram que assinalar entre fêmea e macho? Não! Não somos animais, animalesco é produzir comparações simplórias que descartam todo nosso histórico de vida.

Outro dia num bar, uma rapaz me falou: "Depois de tudo que sofri por causa de mulher, pra mim, agora, toda mulher é vadia até que se prove o contrário" e dois dias depois, ouvi na massagista, o clube da Luluzinha comentando: "Estou sempre esperando a pancada, posso até me relacionar com homem de novo, mas estou preparada pra me ferrar!", no fim das contas, nós, homens e mulheres, nos condoemos pelas mesmas feridas.

Até pareço meio pseudoconsultora-amorosa, mas o fato é que de periguete e machinho, todo mundo tem um pouco, todos já tivemos ferradores de nossas vidas, fomos os ferradores da vida de alguém e venhamos e convenhamos, nossos ferradores foram aqueles que mais nos amadureceram, mais amaldiçoados que sejam.

Já o conceito de homem... essa coisa de homem sensível é o verdadeiro rei, aquele que ama poesia, anda com boininha parisiense não sei das quantas blá blá blá... não sei não... trauma ou raciocínio, hoje prefiro aquele que joga video-game (e não serve angry bird e pacman , tem que ter sangue), gosta de Fórmula 1, aprecia uma cerveja, vai pro estádio porque torce de verdade pra um time (e me leva junto que eu adoro) e toca "Garotos" pra pegar menininha (no caso: eu)... estou me rendendo ao clichê ao contrário, eu sei... mas não estou querendo comparar aqui, estou só dizendo que amemos os sexos e valorizemos as diferenças, os brutos também amam.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lili

"Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas" - Clarice Lispector.

domingo, 11 de dezembro de 2011

10 anos de mocidade



Envelhecemos, sim, de um dia para o outro... Falei para Ana Pica Fogo, sexta: "Nos dias cotidianos/é que se passam/os anos", piegas ainda citei a fonte: "Millor Fernades" e acrescentei: "É um Haikai", coisa de professora de português.

Se agora eu pudesse aconselhar, diria: a vida sempre pode ser melhor do que está... quanto mais jovem, mais se pensa feliz e menos se sabe que existem sempre momentos melhores esperando e que o que se passa pode nunca ter, ao menos, existido... apenas vivemos momentos, torcemos por eles, que acabem, que cheguem, que continuem, enfim... a vida, neste meu novo ponto de vista, parece um segundo (a ser aproveitado).

Torna-se moça num simples esquecer de avô... hoje meu avô não se lembrou de mim, a justificativa culposa depois do esquecimento: "Você está com cara de mulher, acho que virou moça"... mal sabe ele é que estou só curiosa.




sábado, 10 de dezembro de 2011

Filosofia da vaidade


Mudo porque vivo, uma amiga me passou Matias Aires para ler... lendo, como gostaria ter pensado isso antes:

"A firmeza é atributo essencial de morte. Não somos firmes no amor, porque em nada podemos ser constantes: continuamente nos vai mudando o tempo; uma hora de mais é mais em nós uma mudança. A cada passo que damos no decurso da vida, imos nascendo de novo, porque a cada passo imos deixando o que fomos, e começamos a ser outros: cada dia nascemos, porque cada dia mudamos, e quanto mais nascemos desta sorte, tanto mais nos fica perto o fim que nos espera. A inconstância, que é um ato da alma, ou da vontade, não se faz sem movimento; a natureza não conserva e dura senão porque se muda e move. O mundo teve o seu princípio no primeiro impulso, que lhe deu o primeiro artífice; a mesma luz, que é uma bela imagem da onipotência, toda se compõe de uma matéria trêmula, inconstante e vária. Tudo vive enfim do movimento; a falta de mudança é o mesmo que falta de vida, e de existência, e assim a firmeza é como um atributo essencial de morte"...

... e novamente não sou mais a mesma.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Retrato de um alcoólatra.


Quem já sofreu de vontade de provar sabe o que é querer... sofro de quê? De vontade.

Mas ante a vontade, prefiro a caridade moral, daquilo que doamos e não nos custa nada mais que iniciativa física, nada de dinheiro, nada de materialismo, quero um mundo onde as pessoas se respeitem e que não se esqueçam o que representam para cada uma, que relembrem seus históricos.

As vezes a gente tenta entender o incompreensível... procura encontrar o motivo de buscar sem finalidades, desejo existe por si só, não necessita justificativas, objetivo e nem futuro.

Hoje mais do que nunca eu simplesmente caminho, sem necessidade de me explicar, partida em curiosidade, cansaço e sede de provar o que ainda não provei.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Passa um poema

Passa uma borboleta (Do "Guardador de Rebanhos" - Alberto Caeiro; Fernando Pessoa)

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não tem cor nem movimento,
Assim como as flores não tem perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas a flor.