sábado, 27 de agosto de 2011

Puramente assim.


Bom dia, dia! Os ares da manhã, aos sábados, são outros. Manhãs de sábado me lembram infância no sofá, comendo passatempo com gordura trans e tomando leite com chocolate. Mentira, nunca gostei de leite com chocolate, meu negócio sempre foi leite puro, tomado de gute gute...

Manhãs de sábado me lembram aulões do terceiro ano, precedidos de copo de leite corrido para a escola... Me lembram também aviões decolando depois de uma correria desgramenta e vez ou outra, aviões pousando.

Das manhã de sábado, as melhores são aquelas que passei a sexta em casa, dormi na hora que eu quis sem obrigações matinais para o outro dia e acordei também, a hora que eu quis, com o celular no silencioso, para não ser incomodada, rolando na cama, brigando com o corpo para despertar e também não. Olhando pelo céu azul que entra pela janela e sentindo o calor excessivo do meu edredom. Hoje acordei feliz, a sete dias mais feliz. 

Em primeiro texto, escrevi: em uma semana ganhei uma pessoa antiga e perdi uma pessoa antiga. Errado. Pessoas não se perdem e não se ganham, se recuperam inevitavelmente.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Respeito: essa meleca que temos que respeitar!


Atrasada, a menina outro dia, pegou-me pelo braço, em sala de aula e contou que a madrasta lhe lavou a boca com sabão... "O que eu faço, professora?", "Mude seu comportamento, gatinha, é só da gente que a gente pode exigir mudanças"... "Dos outros, nós não podemos exigir nem o que nos é fácil", quanto mais o que também faríamos.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Uma flor ao clichê - Ninguém é de ninguém



O assunto é primeiramente de família e é  familiar pra você também.

Outro dia deixei escapar, de brincadeira, em classe: "No final das contas, tudo é por reprodução, até objeto indireto! Você, Lucca, está aqui nesta sala, porque seu pai sabe que em 2030 você já tem três filhos pra sustentar!"... hoje, lendo o texto que coloco aqui, pensei: "Poxa, quanta ignorância, hein, professora!?"...

"O amor tudo suporta. A característica do amor é a perseverança. Aquela(e) que logo perde a paciência e abandona um propósito tem pouco amor. No amor verdadeiro não há ciúme. Tem-se ciúme quando há desejo de possuir exclusivamente para si, e isso não é o verdadeiro amor. O amor jamais procura exibir-se. O amor é sereno. Uma paixão ardente que logo se extingue não é amor verdadeiro. O amor é aquele que vivifica o próximo com serenidade e perseverança, sem jamais perder a esperança. O amor nunca é desespero. Desespera-se aquele que não está amando verdadeiramente o próximo. Quando o amor é profundo, jamais perde a esperança no próximo. O amor vê a perfeição da imagem verdadeira. O amor jamais amarra o próximo. O amor liberta, porém não abandona. Amar é orar pelo bem do próximo - (TANIGUCHI, Masaharu. A Verdade, v.9)".

Apesar de achar muito difícil amar desse modo, a gente não pode esquecer que talvez seja dessa forma mesmo. Tudo na vida é ao acaso do amor... "Refletindo sobre minha própria vida, não há dia mais triste do que aquele em que nada amei", continuou Taniguchi em outro trecho, de um outro livro. Por bem, nunca passei um dia sem amar e cada dia que passo, esse meu círculo de amores cresce e revive... bom e problemático é que é muito difícil querer apenas uma pessoa.

Depois de ouvir um poema tão bonito de Vinicius de Moraes, resolvi terminar esse tributo ao clichê com ele e não pensem que estou para mudar meu status, estou falando de muita coisa: