quarta-feira, 21 de março de 2012

Getting in the swing ♫♪♫



"É preciso suportar duas ou três lagartas, se quiseres conhecer as borboletas", é esta fala da rosa, no Pequeno Príncipe, que me sustenta ao concluir: "Há de se aguentar algumas celulites pra ser feliz completamente".

A gente tem que admitir, uma hora ou outra na vida, que não nasceu pra puxar peso. Decido, então, dançar, individualmente e com prazer, assim como venho fazendo ultimamente e sem massacre psicológico. Existem outras formas de se manter, sempre.


quinta-feira, 8 de março de 2012

Nossos dias.


Mil comentários de mulher sobre o vídeo: curti demais, quero esse cabelo curtinho de uma delas... quero a leveza dessa música sempre... acertaram muito, isso é pra gente!!...


Esse dia é muito válido, sim, todo dia é dia de mulher, é dia de homem também, é dia de pessoas... mas esse dia, em especial, não se pode esquecer, foi marcado dessa forma pela morte de 130 mulheres, mortas queimadas, numa fábrica, presas lá dentro, fazendo greve por melhores condições de trabalho.


"Meninas, não caiam nessa de dia de mulher", eu li no Facebook do jornalista Marcelo Tas, até curti... mas depois repensei: Que não se caia no esquecimento o motivo desse dia.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Toda em coisa


Eu fiquei lá mesmo, pensando um bom tempo... será que ousar só um pouquinho, mesmo só assim, dentro do meu universo, ia fazer tão mal, ia expôr tanto? Daí que ele era assim: encantadoramente nerd e eu já tinha absorvido a ideia como minha e ia me tornar parte dela.

Janelas para o mundo, foram elas que se abriram para mim... enormes, amplas. 

Adeus, quadradinho. Trabalho, logo compro. Comprei mais que a passagem pra minha inteiridade, comprei o aviador completo. 

Hoje coloquei um poema no quadro, para um exercício de gramática, e o menino não entendeu tudo, mas interessou. Tão distante da poesia, ela lá, pregada no quadro, quis saber porque de mim era próxima: "Este poema é tão completo, tão intenso, que não o leio sem arrepiar... é o que de mais verdadeiro conheço e o que de mais conselheiro tomo. Miguel, se é pra ser alguma coisa, que não seja de pouquinho não, seja totalmente, assumido, verdadeiro e dedique-se de todo, mesmo para o que seja pouco"....

Ricardo Reis - Fernando Pessoa


"Para ser grande sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em coisa. Põe quanto és


No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive".

Acho triste encontrar pessoas que são pouco. Se é para ser, que seja muito. Assumido: camiseta vestida e panfleto na mão!

É por saber que eu penso assim (antes de eu mesma reconhecer inclusive) que meu pai sempre me deu melissas rosa choque, deixou-me pintar os cabelos mil vezes na adolescência (passei por boa parte do círculo cromático), encheu-me de roupas hippies, me colocou para ler Menino Maluquinho, tomou coragem e me deixou ir e voltar pra Bordeaux e hoje me deixa ler gibi no tatame ao invés de lecionar entre quatro paredes todos os dias.

Como disse a coordenadora: "Essa ai da aula até de baixo do pé de manga"... A Memê também sempre fala: "Vishh!! É doida mesmo". Aymê, doida nada: real. Créditos de papai. Ter pai que aposta as fichas no incomum é raro, torna-me mais inteira ainda: Papi, você sabe que eu também te amo, esqueci de responder a mensagem hoje cedo, estava em aula.

terça-feira, 6 de março de 2012

Literatura de conveniência



Aquele momento em que há tanta bagunça que você não sabe por onde começar a arrumar.

Tanta comida, que não sabe por onde começar a comer.

Tantos compromissos, que não sabe ao qual não faltar.

Tantos textos, que não sabe por onde começar a ler.

Respira fundo, toca a música, amarra o cadarço e escolhe!

Há sempre o escolhido, optar por um não exclui o outro, "apenas" evidencia para o mundo quais são as prioridades.



domingo, 4 de março de 2012

Há de se refletir


"Que a justiça seja feita!"... quantas vezes na vida ouvi este choro nos noticiários?

Quando eu era criança e a minha mãe me colocava de castigo, eu tinha que ficar no sofá assistindo o jornal inteiro, era simples marcador de tempo, mas o corretivo virou hábito na vida adulta.

E ai outro dia, alto das férias, acordando lá pelas tantas, só resolvi abrir o Facebook umas duas horas da tarde. Deparei-me com vídeos e características de uma mulher que resolvera espancar um cachorro até a morte. As pessoas estavam ensandecidas, vasculharam tanto, que descobriram a vida completa dela... no final das contas, realmente foi punida (dentro das leis e concessões que lhe couberam).

Daí hoje, assistindo Fantástico, pergunto: Cadê o CPF, o endereço, o telefone residencial, a ficha completa dos assassinos que atearam fogo nos dois moradores de rua de Brasília? Cadê os protestos na frente das suas suntuosas residências? Cadê os status revoltados? Cadê as pessoas questionando a existência da humanidade?

Não sei... não existem. Porque talvez, numa triste cena de desamor, amamos mais os yorkshires indefesos as nossas próprias vítimas sociais. Nem arrisco dizer que essas pessoas (com direito a negrito, itálico e sublinhado) tem uma vida de cão, vida de cão, meu amigo, é assistida. 

Conheço gente que se dedica a ONG de cachorro abandonado (o que também tem muito valor) mas não estende o olhar crítico pra frente da coleira que leva à mão. Que compartilha toda semana imagens de gatos despelados por loucos em busca do vislumbre de alguma autoridade, mas não tira o dia pra ler um artigo relevante se quer.

Sejamos nossos melhores amigos também. Alienação fantasiada de revolução virtual não cola. Será que todo amor ao próximo se esgotou lá na revolução contra a enfermeira chutadora? Não sobrou nem um pouquinho pros mendigos, por quê?

sexta-feira, 2 de março de 2012

Das escolhas, obrigatoriamente as melhores.



"Para não seres tragado pelas ondas bravias da vida, nada com o salva-vidas chamado "sonho" bem fixo em teu coração" - Masaharu Taniguchi.

Mais que sonhado, tenho vislumbrado um futuro tão certo que só poderia ser conjugado no mais que perfeito e  tem sido sempre acreditando, que tenho conseguido. Da mudança da alma para o espaço. Fé é necessária.

Nesta segunda inciei mais uma vez a leitura do Pequeno Príncipe com outro 6º ano e suas peculiaridades... mais uma vez reforcei minha raposa, entendi de novo porque ela está aqui, mais uma vez uma nova leitura.

É preciso relembrar."Quando a gente anda sempre para frente, não pode mesmo ir longe"... ele concluiu num de seus devaneios... é, eu também acho. É preciso traçar objetivos. Hoje: mensuro-me.