
Desejo a ti a poesia dos belos dias, a calma do domingo, a ansiedade do sábado, o conforto da sexta-feira à noite. Desejo a você que não me conhece, que me conheça. E desejo a nós que nos conhecemos, que conheçamos mais o alheio, que entendamos o outro.
"Tenho em mim todos os sonhos do mundo". Tenho para mim, para nós, para você, todos os grandiosos ideais que nos pedem nossos mestres... Tenho a fé dos novos dias, a força renovada, tenho a alegria das manhãs de sol, o mais manhã possível, daquelas que nem sempre vemos, porque nem sempre acordamos, peço para nós o cansaço do trabalho bem feito, a realização de ser eficiente, o agito da vida coletiva, os planos para o futuro, a rapidez do presente.
Te quero dias de sono, dias de ócio, dias de melancolia lírica, manhãs nubladas e preguiçosas, a paz da individualidade, a nostalgia do passado, te quero o cheiro que lembra a infância, o sabor que recorda a um tempo, as percepções táteis, te quero as sensações emotivas... O encanto que há na dualidade, te quero o feitiço da verdade que habita os contrários.
E porque não tenho nada, porque nada que tenho, possuo... porque devo ser útil aquilo que digo "Me pertence"... porque ao contabilizar estrelas, o ápice é guardar os números engavetados, lhe desejo, meu irmão, uma vida de amadurecimento. Uma vida livre e encantadora para cada meu irmão.