segunda-feira, 10 de junho de 2013

Uma pessoa só.


Olhe-a, ela que flutua enquanto remexe cada uma de suas costelas e diversas tatuagens. Ela que fala e pensa nela e no mundo, ela que se ama mais por recado que pelo próprio narcismo. Observe-a, ela que balança seus finos fios cor de mel e move seus olhos de baixo pra cima e às vezes de lado, dizem que seu gosto é doce. Esse ser que você observa é cada expressão exterior do que ela mesma é interiormente e consegue refletir em ti de ti... mas não se engane! Apesar de espontâneo, é proposital. Essa criatura questiona todos os dias enquanto flutua pelos lugares cadê tudo que ela merece.

E seus lábios vermelhos fazem biquinho quando fala e suas sobrancelhas ora ou outra arqueiam, ela é translúcida, apesar de meio desvairada também. É apavorada pela vida e pela morte, tem pela vontade de morrer a mesma de viver, morre de vontade de viver e vive de vontade de morrer. Mas veja! Não é heresia, é só curiosidade pelo desconhecido.

Vai dançando, assim pequena, nesse mundo de poeiras cósmicas e vez ou outra deserta de galáxias. Ela está quase pronta, ela acha.

Um comentário:

R. disse...

Tão bonito que machuca!