Ando imaginando-me a andar pela areia molhada, bem a beira do mar, os pés afundando na areia lamacenta, gostosa, puxada pela água que vai embora e volta molhando minhas canelas.
Ando imaginando-me a mergulhar na água salgada, o nariz arrebitado e os olhos ardidos de sal. A onda quebrando, as vezes, antes que eu me restabeleça... o que me relembrará mais uma vez que sou totalmente do planalto central, nenhum hábito litorâneo.
Ando imaginando-me a sair das ondas, talvez a jogar um pouco de lama numa amiga e a caminhar até a areia fofa, branca... as canelas sujas de areia e o corpo impregnado de sal. A procurar uma ducha e perceber que a mais próxima está longe... então, ando imaginando-me, a tirar o sal com gelo ou água mineral. Ando imaginando-me a avermelhar as bochechas branquíssimas... a esfriar a pele na água e aquecê-la ao sol. Ando imaginando o cheirinho de Sundown!
Ando imaginando-me a sentir a maresia na descida para o litoral, na chegada à praia e ouvindo as ondas quebrarem ritmadas, da minha cama.
Ando imaginando-me a sentir o calor úmido do litoral, o cansaço do fim do dia, a vontade da noite. Não, não ando imaginando-me a catar conchinhas! Não tenho mais paciência para elas!
Ando imaginando os pôres-de-sol que posso ver, os cocos que posso beber, o sol que não posso pegar, os mergulhos que posso dar, os dias e as noites que quero passar, as marcas que posso ter.
Acho que o verão é na praia.
Um comentário:
Sempre é bom molhar a juba.
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